A repercussão do texto sobre os 110 anos da Klabin no Brasil e, particularmente, de Monte Alegre do Tibagi - terra de José Felix da Silva Passos e do Barão de Monte Carmelo - transformada em município de Telêmaco Borba, postado no blog JAROSINSKI do Brasil foi bastante grande.
Como aquele blog trata das coisas da Polônia e dos polacos, achei por bem, abrir um novo blog e iniciar pesquisas mais profundas sobre a história desta antiga terra da região centro-leste do Paraná.
Monte Alegre do Tibagi, terra de índios; espanhóis, jesuítas; portugueses, bandeirantes; aventureiros, criadores de gado, garimpeiros de ouro e diamantes; jagunços, assassinos, brasileiros, politiqueiros; plantadores de araucárias, eucaliptos e pinus; fazedores de papel, gente humilde, honesta e de trabalhadores lituanos, polacos, judeus, noruegueses, austríacos, finlandeses e de descendentes também de polacos, de italianos, ucranianos, lituanos, alemães, libaneses, sírios, portugueses, africanos, espanhóis e caingangues e tantas outras etnias e nacionalidades.
Transcrevo o texto publicado em JAROSINSKI do Brasil, em 18 de abril de 2009, para reiniciar as pesquisas e o debate sobre MONTE ALEGRE DO TIBAGI X TELÊMACO BORBA:

Hotel Ikape, na antiga colina "Mortandade",
atual Harmonia, Monte Alegre
Neste 19 de abril, a Klabin comemora 110 anos de Brasil. Nos sertões inospidos do Paraná contruiram ao longo dos últimos 69 anos a maior fábrica de papel da América Latina.
Ali, na Fazenda Monte Alegre do Tibagi, atual município de Telêmaco Borba, o mundo se reuniu e de mãos dadas, judeus, católicos, protestantes, muçulmanos, ortodoxos, umbandistas, agnósticos de etnias tão diferentes como os polacos, lituanos, ucranianos, suecos, finlandeses, austríacos, alemães, russos, turcos, portugueses e mineiros, paulistas, baianos, gaúchos, catarinenses, paranaenses, africanos e índios tiveram no trabalho e na Harmonia, a principal razão de suas existências.
Sócios fundadores de Klabin Irmãos & Companhia - 1911.
Como filho de uma colônia multinacional e multiétnica, descobri muito, recentemente, que a colônia polaca de Monte Alegre era muito maior do que muitas tradicionais do sul do Brasil. Porque diferente de todas as outras, Monte Alegre foi criação dos irmãos polacos de origem judaica Klabin e Lafer e não de iniciativas nacionais, estaduais ou municipais.
Portanto, também posso dizer que sou filho de uma colônia polaca brasileira e por isso, aqui, está a história dos Klabin, dos Lafer e da Monte Alegre do Tibagi.

Avenida Brasil, em Harmonia, na atualidade
Os irmãos polacos
Maurice Freemann Klabin, quando jovem.
Retrato de 1888, Londres
Cinco irmãos Klabin tinham vindo para São Paulo, procedentes da Polônia - ainda União das Repúblicas Polônia e Lituânia, ocupada pela Rússia desde 1795 - entre 1880 e 1885: Maurice, Salomon, Hessel, Ludwig, Nessel, todos filhos de Leon e Sara.
Estabeleceram-se na capital paulista, onde até 1889, atuaram no comércio com a firma M.F. Klabin e Irmão. O escritório ficava na Rua São João, n.º. 23.
Ainda nesse ano, em fevereiro, três irmãos Maurice, Salomon e Hessel e um cunhado Michał Lafer (casado com Nessel) constituíram, em substituição à primeira firma, outra com o nome de “Klabin, Irmãos e Cia”, a KIC, que era uma Sociedade Mercantil para exploração do mesmo ramo de negócios, ou seja, papéis, livros, objetos para escritório e outros artigos.
O capital inicial era de 80 contos de réis, sendo que o sócio Maurice entrava com o dinheiro e os outros com mercadoria. Ao final do contrato social, redigido e assinado pelos quatro sócios estava escrito “a sociedade durará pelo tempo de três anos, a contar da data do presente contrato”.

A vista áerea de Harmonia, que o presidente Getúlio Vargas
viu da janela do avião em janeiro de 1944.
A KIC estava destinada a ultrapassar um século a mais do que os três anos previstos. Comercializando com papel, em 1906, os irmãos resolveram fabricar o próprio produto que vendiam. A KIC arrendou uma máquina de uma companhia que funcionava, desde 1890, em Itú, interior do Estado. Nas duas primeiras décadas do século 20, a expansão dos negócios do grupo Klabin se deu apenas no Estado de São Paulo.
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Horácio Lafer e o presidente Getúlio Vargas, a usina do salto Mauá, no rio Tibagi, em 1954. |
Em 1909, no restaurante “Progredior”, na rua XV de Novembro, da capital paulista, os sócios se reuniram numa sala reservada para fundar a “Companhia Fabricadora de Papel”, que começou a funcionar, em 1911 e cuja diretoria se constituiu com Maurice F. Klabin, Hessel Klabin, Salomon Klabin, Michał Lafer e José Zucci. Em 1923, o pioneiro Maurice faleceu e pouco mais tarde Michał Lafer. À frente dos negócios ficaram Salomon e Hessel.
Em 1932, a KIC expandiu-se para o Rio de Janeiro. Os irmãos Solomon e Hessel, acompanhados por Boris Abraanson, foram ao Rio de Janeiro, de carro para se encontrar com Wolf Klabin. Este era, nessa época, gerente da filial da KIC no Rio de Janeiro.
Wolf os levou para visitar uma velha fábrica de louças de mesa e isoladores. Os Klabin resolviam, assim, entrar no ramo da cerâmica, comprando a “Manufatura Nacional de Porcelana", que, em pouco tempo, transformou-se na maior produtora de azulejos da América Latina. Possuía três mil operários e fabricava 6,5 milhões de metros quadrados de azulejos por ano, tornando assim, o Brasil autossuficiente e independente das importações, basicamente, da Alemanha.
Rua Beta na Harmonia dos anos 50
Nessa época, dois nomes da nova geração, já nascidos no Brasil, passaram a opinar nos destinos do grupo e foram responsáveis pela diversificação da empresa. Eram eles, Wolf Klabin e Horácio Lafer.
Era então, interventor do Paraná, Manoel Ribas, que ofereceu à KIC umas terras nos sertões da região central do Estado. Era uma fazenda existente desde 1727, quando José Felix da Silva, a recebeu em sesmaria nas margens do Rio Tibagi. Manoel Ribas, gaúcho e amigo de Getúlio Vargas, tinha conhecido Wolf Klabin, no Rio Grande do Sul, numas das andanças do paulista pelo Brasil.

Aracy Rosa, esposa do escritor e cônsul Guimarães Rosa salvou centenas de judeus em Hamburgo, fornecendo vistos para emigrarem para o Brasil, fugindo do nazismo. Acima, telegrama enviado pelo cientista Albert Einstein, em 1949, pedindo apoio de Wolf Klabin para um emissário de Israel.
A fazenda Monte Alegre do Brasil Colonial
As primeiras referências históricas contam que Antonio Lopes Tomar, de 36 anos de idade, morador dos campos de Curitiba, descobriu campos de pastagens às margens do Rio Alegre, ao redor de 1722. Solicitou então, ao governador da província de São Paulo, a posse daqueles campos, que à época pertenciam àquela província colonial.
Um ano e meio mais tarde, em 1724, João Pereira Braga solicitou também a posse daqueles mesmos campos. No termo de conclusão dos pedidos foi dada por justificativa a petição do suplicante, publicada em 20 de maio de 1924, na cidade de São Paulo, pelo juiz ordinário Pedro Taques Pires.
A carta de sesmaria, entretanto, saiu em nome de Manuel Gonçalves Aguiar, sargento-mor, morador na vila de Santos. Aguiar possuía terras e campos, que ele tinha cultivado com lavouras e criações de gado. Disse ainda que pagava dízimos a Deus, em paragem chamada de Alegre, nas furnas perto do rio Tibagi.
Disse ainda que, dali partiam linhas dos campos de João Pereira Braga e Antônio Tomar. Gonçalves Aguiar adquiriu a sesmaria em 6 de outubro de 1727. Antônio Tomar e Luís Rodrigues Vilares obtiveram sesmaria naquelas terras entre os rios Alegre, Tibagi e Iapó somente em 23 de março de 1725.
Nos anos sessenta daquele século (XVIII) escravos e camaradas de frei Bento Rodrigues de Santo Ângelo situaram-se nos fundos dos campos do Alegre para faiscar e foram duas vezes atacados pelos índios.
Em função dos ataques, abandonaram o local.
Em 14 de janeiro de 1786, na Câmara de Vereadores de Curitiba, Inácio da Mota Ribeiro fez petição junto com três irmãos para que se concedesse a eles sesmaria de campos e três léguas na paragem chamada Alegre. Foi lhes informado que tal paragem já havia sido descoberta há muitos anos.
Foi também informado que aquelas terras pertenciam ao capitão-mor Lourenço Ribeiro de Andrade, ao guarda-mor Manoel Gonçalves Guimarães e ao tabelião Antônio Ribeiro de Andrade por herança de Manuel Gonçalves Aguiar.
Outro morador da vila de Santos, tendo viajado pelos campos gerais, José Felix da Silva Passos, dois anos mais tarde, solicitou ao governador de São Paulo, posse de extensa área de terras na região do Rio Tibagi, as Fazendas Boa Vista, Piraí Mirim, Taquara, Fortaleza e Monte Alegre.
A sesmaria foi dada a José Félix da Silva Passos, em 20 de maio de 1788. Na carta da sesmaria constava, a paragem chamada de Campo dos Bugres. Na mesma oportunidade, José Felix comprou, em 20 de setembro de 1799, dos herdeiros de Antônio Tomar, as terras da Conceição e da Faisqueira, formando com eles a Fazenda Fortaleza.
À margem direita do Rio Alegre, José Félix fez posse de outra fazenda conhecida pelo nome de Alegre e que depois, ele passou a chamar de Monte Alegre. As terras do Alegre estavam ocupadas de índios. José Félix tentou afastá-los sem muito sucesso.
José Félix da Silva Passos continuou senhor do restante daquelas terras que iam do rio Alegre até o rio Iapó, afluentes do rio Tibagi. José Felix passava a maior parte do tempo na Fazenda Monte Alegre (conhecida até hoje como Fazenda Velha, dentro da Fazenda Monte Alegre, de propriedade das Indústrias Klabin.) e na Fazenda Fortaleza (17 km da sede do município de Tibagi). José Félix morreu repentinamente em 27 de abril de 1822. Sua esposa Onistarca Maria do Rosário acabou falecendo como o marido, na Fazenda Fortaleza, em 8 de julho de 1828.
As fazendas e todas aquelas terras ficou para a filha do casal Ana Luísa Silva Passos. Ana Luíza fez declaração em cartório descrevendo suas terras e dando o nome a ela de Fazenda Monte Alegre. Era 29 de abril de 1856. No mesmo cadastro Caetano Batista de Jesus cadastrou sua fazenda dizendo que ela fazia divisa com terras da Fazenda Monte Alegre e com a propriedade de Manuel Batista Ribeiro e e as terras de Brás Pedroso de Almeida. (Joaquim Batista Ribeiro, presidente do sindicato do papel de Monte Alegre e vereador em primeira legislatura de Telêmaco Borba, e nome de rua no município era descendente de Manuel).
Ana Luísa da Silva Passos faleceu em 9 de maio de 1856. A Fazenda Monte Alegre passou para as mãos de seu filho Manuel Inácio do Canto e Silva. Manuel Canto havia se casado em 3 de janeiro de 1832 com Cândida Joaquina Novaes e Silva, filha de Manuel José Novaes Guimarães e Agda Joaquina Araújo. O casal teve os filhos, coronel Jordão do Canto e Silva, Ana Luísa, coronel José Félix Novaes Canto, Águeda, e Onistarca do Canto e Silva (nascitura).
Em 2 de abril de 1872, foi lavrada escritura pública de partilha amigável onde o coronel Manuel Inácio do Canto e Silva doou os seguintes bens: ao coronel Bonifácio José Batista (futuro Barão de Monte Carmelo), por cabeça de sua mulher Ana Luísa da Silva Batista entregou a Fazenda Agudos, ao tenente coronel Jordão do Canto e Silva, a Fazenda Morungava, a José Félix do Canto e Silva a Fazenda Taquara e o Sítio Curralinho, ao dr. Laurindo Abelardo Brito, por cabeça de sua mulher Águeda Joaquina do Canto e Silva a Fazenda Monte Alegre.
Em 6 de setembro de 1873, Laurindo e Águeda (bisneta de José Félix da Silva Passos) venderam a Fazenda Monte Alegre para o coronel Bonifácio José Batista - Barão de Monte Carmelo. O barão e a baronesa registraram, em 30 de agosto de 1895, a Fazenda Monte Alegre, compreendendo Agudos e outras dependências.
O barão morreu em São Paulo em 21 de abril de 1897. Sua esposa Ana Luísa morreu, em 3 de outubro de 1903. O casal deixou dois filhos, Manuel Bonifácio da Silva Batista (faleceu em 6 de junho de 1904), casado com Júlia Prates. Deixaram os filhos, Ana, Evangelina, Heitor, Bonifácio, Celina, Leonídia, Carmelina, Mário e Elvira.
Em 1926, o francês Fontaine Laveleye fechou negócio com os seis herdeiros da baronesa de Monte Carmelo (bisneta de José Félix) formando uma sociedade anônima que recebeu o nome de Companhia Agrícola Florestal e Estrada de Ferro Monte Alegre. As terras somavam 60 mil alqueires e somavam as fazendas Monte Alegre, Agudos, Prata e Antas.
A sociedade foi um fracasso e, em 1931, foi requerida falência, mas que foi anulada logo em seguida.
Em 1932, Banco do Estado do Paraná requereu uma segunda falência, que foi deferida.
Em 1933, a massa falida foi a leilão e foi arrematada por 4 mil contos de réis pelo Banco do Estado do Paraná.
Em 29 de outubro de 1934, empresa Indústria Klabin do Paraná de Papel e Celulose, adquiriu por 7.500 contos de réis a Fazenda Monte Alegre.
A escritura definitiva foi lavrada em 20 de janeiro de 1941.
A Fazenda Monte Alegre de Tibagi, tinha sido palco de algumas tragédias, como a do próprio José Felix, que se casando, em 1781, com a jovem Onistarda, teve os dedos da mão esquerda decepados e cortados três dedos da mão direita.
José Félix ficou para sempre coxo de uma perna.
Ele tinha sido vítima de um atentado engendrado pela esposa, que o odiava terrivelmente. A mulher foi sentenciada como criminosa, em processo criminal que aconteceu na cidade de Castro. Em 1808, contudo, foi lavrada uma escritura de “perdão”, a pedido do marido.
Amargo e infeliz, o fazendeiro era, contudo, um homem ativo. Em Castro, atuou como juiz ordinário, juiz de conselho, ajudante de milícias e capitão de ordenanças em Piraí e Furnas.
Por volta de 1796, um amigo de José Félix, foi visitá-lo na Fazenda Fortaleza, 17 km do povoado de Tibagi. Brígido Álvares recusou escolta do amigo fazendeiro para voltar a Castro. No dia seguinte, com uma flecha em cada olho, sua cabeça foi espetada num dos portões da Fazenda de José Félix.
Em represália, o fazendeiro ordenou a seu capataz, Antonio Machado Ribeiro que fosse a busca dos índios caingangue, que sempre habitaram aquelas terras imemoriais.
Uma carta do século 18, cita o ocorrido como a “Chacina do Tibagi”.
A matança generalizada dos índios ocorreu nas margens do mesmo Rio Tibagi, uns 50 km mais ao Norte. Aquela colina ficaria conhecida nos séculos seguintes como "Mortandade”, até que por sugestão da Sra. Luba Klabin o nome do local fosse mudado, em 1941.
Ali, no local da chacina, iriam ser construídos o hospital e um hotel, muito próximos de onde hoje se encontra a maior fabricante de papel da América Latina e uma das 7 maiores do mundo: a Klabin do Paraná.
A empresa dos herdeiros de José Félix tinha construído 42 km de estrada de ferro até o rocio da pequena vila de Tibagi, uma ligação telefônica entre a Fazenda e Tibagi, um casarão de madeira e alguns galpões rústicos.
Das novas gerações da família, Samuel Klabin foi o primeiro a visitar aqueles sertões. Samuel depois de frequentar o Colégio Mackenzie e a Escola de Altenburg aperfeiçoou seus estudos na Finlândia e Alemanha. Regressou ao Brasil aos 22 anos para trabalhar com fabricação de papel e foi logo incumbido por seu pai Solomon de conhecer as terras do Paraná. Num Ford 1929, acompanhado por Reinaldo Bronnert viajou até Curitiba e dali até Tibagi, passando por Ponta Grossa e Castro.
Encontrou na pequena vila as tradicionais famílias dos Bittencourt, Mercer, Borba, Carneiro, Guimarães que viviam do garimpo do diamante nas corredeiras do rio turbulento e sinuoso dos Campos Gerais há décadas.
Como a fazenda ainda ficasse a 50 km foram aconselhados a pernoitar na antiga cidade. Morava ainda na cidade, o geólogo da empresa falida, Reinhardt Maack, que mostrou naquela mesma noite, filmes sobre Monte Alegre.
Garimpavam no rio, naquela época, cerca de 5 mil homens, a maioria contratados das tradicionais famílias locais e muitos aventureiros. Samuel tomou nota de tudo o que viu. Voltou a São Paulo e contou tudo para a família.
Klabin ministro
Wolf Klabin junto com o primo Horácio Lafer (ministro das relações exteriores de Juscelino Kubitschek) assinou, no tabelionato de Américo Alves Guimarães, em Curitiba, a escritura de promessa de compra e venda da Fazenda Monte Alegre, adquirida do Banco do Estado do Paraná, em 29 de outubro de 1934.
Dias antes, num outro cartório, este em São Paulo, era registrada a fundação das “Indústrias Klabin do Paraná”. Constituída por nove sócios, Salomon Klabin, Hessel Klabin, Jacob Klabin Lafer, Wolf K. Klabin, Eva Cecília Klabin Rapaport, Ema Gordon Klabin, Mina Klabin e Abraão Jacob Lafer, a empresa foi registrada no 11º. Tabelião, na Junta Comercial e publicada no Diário Oficial de São Paulo, n.º 234, nas páginas 31 e 32.
Wolf Klabin morreu, em março de 1957, e teve seu nome perpetuado no Colégio Estadual Wolf Klabin, da Cidade Nova. Os Horácios, Klabin e Lafer são nomes de avenida na mesma cidade (Na foto, o Horácio Lafer quando era ministro das relações exteriores).
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(da esquerda) Jacob Klabin Lafer, Wolf Klabin, Nessel Klabin Lafer, Rose Hass Klabin e Horácio Lafer. |
Horácio Lafer nasceu, em São Paulo, em 3 de maio de 1900, e morreu em Paris, em 29 de junho de 1965. Diplomata, político e empresário durante o governo Washington Luís foi o representante do Brasil na Liga das Nações, e em 1934, foi eleito deputado federal.
Em 1951, durante o último governo de Getúlio Vargas, foi ministro da Fazenda e já em 1959, no governo de Juscelino Kubitschek, foi ministro das Relações Exteriores.
É tio de Celso Lafer. Ao lado de seus primos, os Klabin, foi diretor e co-fundador da Klabin Papel e Celulose.
A primeira diretoria foi composta por Salomon Klabin, presidente; Hessel Klabin, vice-presidente; e Jacob Klabin Lafer, secretário. O Conselho fiscal foi composto por Harry Levine, Lazar Kadischewitz, Abraão Jacob Lafer e os suplentes, Francisco Taranto, Augusto Rodrigues da Silva e Horácio Gordon.
Em 1937, aparece um novo nome na diretoria da Klabin do Paraná. Era o jovem Samuel Klabin, o mesmo que havia visitado Monte Alegre em 1933. Seu cargo: tesoureiro.
Em 1940, ele parte para os Estados Unidos junto com o técnico Ernest Froelish. Foram encomendar projetos e comprar máquinas destinadas ao grande empreendimento daquele família chegada no Brasil no final do século 19, a Fábrica de Papel de Monte Alegre do Tibagi.

Em 1963, famílias inteiras foram desalojadas das áreas de reflorestamento
devido ao grande incêndio que quase destruiu por completo o empreendimento.
Em 9 de setembro de 1941, uma ata de assembleia da diretoria, relata dados do empreendimento nos sertões do Paraná. Com o capital inicial quadruplicado, a denominação da empresa passa a ser, “Indústrias Klabin do Paraná de Celulose S.A. – IKPC".
Tem agora novos sócios e a nova diretoria passa a ser composta por: presidente, Solomon Klabin, 1º. Vice-presidente, Olavo Egídio de Souza Aranha, 2º vice-presidente, Hessel Klabin, 3º vice-presidente, Wolf Klabin, diretor-tesoureiro Jacob Klabin Lafer, diretor-secretário, Samuel Klabin.

Wolf Klabin e Getúlio Vargas,
no aeroporto de Monte Aegre, em 1954
O nome, na diretoria, de origem portuguesa, Olavo Egídio de Sousa Aranha era um campineiro, político, advogado, fazendeiro e banqueiro. Formado na Faculdade de Direito do Recife, foi vereador em São Paulo, deputado estadual, deputado federal, Secretário de Fazenda do Estado de São Paulo e Secretário de Agricultura do Estado de São Paulo.
Como banqueiro foi diretor do Banco de Crédito Hipotecário e Agrícola do Estado de São Paulo e membro da diretoria das Indústrias Klabin.
O outro Souza Aranha, Osvaldo Euclides de Souza Aranha, embora não tivesse parentesco com o vice-presidente Olavo Egídio, foi muito ligado aos Klabin e Lafer, por suas relações no governo Getúlio Vargas. Osvaldo que ocupou vários ministérios nos quinze anos da era Vargas foi também ministro das relações exteriores do Brasil.
Getúlio Vargas em filme da época visita Monte Alegre do Tibagi
Na Conferência do Rio, em janeiro do 1942, presidida por Osvaldo Aranha, o Brasil, e todos os países americanos decidiram romper as relações com os países do Eixo, menos Argentina e Chile, que o fariam posteriormente. A decisão foi uma vitórias das convicções pan-americanas de Aranha.
Na Conferência do Rio, em janeiro do 1942, presidida por Osvaldo Aranha, o Brasil, e todos os países americanos decidiram romper as relações com os países do Eixo, menos Argentina e Chile, que o fariam posteriormente. A decisão foi uma vitórias das convicções pan-americanas de Aranha.
Em 1944, Aranha se demite do cargo de chanceler, após ser enfraquecido dentro do governo e pelo fechamento da Sociedade dos Amigos da América, do qual era vice-presidente. Para muitos observadores da época, Aranha era o candidato natural nas eleições de 1945, mas a parca base política e a fidelidade a Vargas o impediram de disputar as eleições.
Voltou a cena política em 1947, como chefe da delegação brasileira na recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU). Presidiu a II Assembléia Geral da ONU, que votou pela partilha da Palestina, fato que rendeu a Aranha eternas gratidões dos judeus e sionistas por sua atuação.
Devido a sua presidência naquele momento é que o Brasil, todos os anos abre os trabalhos anuais da organização mundial, geralmente com uma palestra do presidente da República Federativa do Brasil.
A fábrica nas margens do Tibagi

Panorama da Fábrica após a última ampliação
A fábrica, apesar da segunda guerra mundial começou a ser erguida nas margens do Rio Tibagi, na antiga colina chamada de Mortandade, mas logo em seguida, denominada Harmonia, pois aquele empreendimento de vulto não poderia estar assentado numa terra com um nome de triste memória.
Para que as obras não se detivessem, os Klabin contraíram empréstimo do Banco do Brasil. Em razão disto, o presidente Getúlio Vargas ordenou que a construção da fábrica e a criação da área de reflorestamento fosse administrada por um homem de sua confiança. Assim o engenheiro Luiz Augusto da Silva Viera, do Ministério da Agricultura e famoso no serviço público foi morar, em Monte Alegre para supervisionar as obras na construção da Usina hidroelétrica de Mauá, a represa de água de Harmonia e a organização da vida comunitária.
A legião estrangeira
Veio gente de todo lugar. Dos municípios vizinhos, aos técnicos fugidos da segunda guerra mundial.
Reuniu-se naquele sertão, pessoas tão diferentes e tão iguais como suíço J.B. Boesh, o engenheiro polaco Ignácio Sporn, o finlandês Irjo Virta, o português Artur Carvalho, o austríaco Karl Zappert, o alemão Albert Ehlert, o polaco Leon Sisla, o austríaco Franz Riederer, os húngaros Geza Vayda e Bella Thuroniy, o sueco Leo Wikstroem, o finlandês Irjo Salo, o polaco Jan Borkoski, o turco Dara Sekban, o belga Cláudio Lobl, o iugoslavo Peter Lemr, o austríaco Alfred Leon, o polaco Franz Kraczberg (famoso mundialmente por suas esculturas de árvores retorcidas), as irmãs polacas Leokadja e Toksia Zaremska, o alemão Johan Rodelheimer, Wilem Willer, o alemão Johnny Schwartz, o austríaco Max Staudacher, os tchecos Vladzyslav Rys, Overbeck, Jiri Aron, Stanislav Jesek; o ucraniano Wlodomir Galat, o russo Isaak Kissim e os engenheiros florestais polacos comandados por Zygmunt Wielicka como Stanislaw Kociński, Maurice Golebiowski, Czuprowski, Służanowski, Sładkoski, Kaszkurewicz, Rodolf Kokot e Wiska.
Um outro Klabin, que marcaria seu nome para sempre naquelas terras foi Horácio Klabin, fundador do jornal "O Tibagi" e da Rádio Sociedade Monte Alegre. Entusiasta do esporte, fez do CAMA - Clube Atlético Monte Alegre, uma das maiores equipes de futebol que, o Paraná viu jogar. Em sua origem o clube se chamava Klabin Esporte Clube.
Com o desenvolvimento da indústria e com a proposta de divulgar o nome de Monte Alegre, foi então, que em 1° de maio de 1946, o CAMA surgia para no futuro obter uma das mais importantes conquistas de sua história. Mesmo já fundada, a equipe continuou utilizando o nome de Klabin EC por algum tempo.
O grande Coritiba FootBall Club da capital, viu sua sequência de títulos ser quebrada com o aparecimento daquela esquadra chamada de "pantera negra", na década de 50. E foram duas vezes, uma em 1955, com o título da primeira equipe do interior do Estado, e em 1958, quando o Atlético Paranaense foi campeão com a maioria dos jogadores do CAMA de 55, além do técnico Motorzinho e do artilheiro Taíco.
Horácio pessoalmente trouxe para o sertão paranaense jogadores do Corinthians, do Flamengo, como Bolivar, Pequeno, Taíco e outros. O estádio de Harmonia recebeu a denominação de “Estádio Dr. Horácio Klabin”, quando foi inaugurado em 10 de abril de 1949, numa partida entre o Clube Atlético Paranaense e o Corinthians Paulista, a partida encerrou empatada em 3 a 3.
A campanha vitoriosa de 1955, com 28 partidas, teve o CAMA como vencedor em 18 jogos, empatado 4 e sofrido apenas 6 derrotas. O técnico Rui Santos, conhecido por “Motorzinho”, montou com a ajuda de Horácio Klabin “uma máquina de jogar futebol”.

Equipe do CAMA- Clube Atlético Monte Alegre de 1949
O CAMA foi o vencedor dos dois primeiros turnos e decidiu com o Clube Atlético Ferroviário, vencedor do terceiro turno, numa melhor de três.
O primeiro duelo aconteceu no Estádio Durival de Brito, em 08/04/1956, jogo que terminou em 2 a 2. O segundo confronto foi, em casa, no dia 15/04/1956, onde o Pantera Negra suplantou o adversário inapelavelmente por 3 a 1.
A terceira e decisiva partida aconteceu, no dia 22/04/1956, no estádio Joaquim Américo, onde o CAMA venceu pelo placar de 1 a 0, gol de Nelson.
A artilharia pesada do ano da conquista teve César Frízio e Ocimar, que anotaram cada um, 15 gols; Taíco 14; Nelson 10; Nestor 7; Isaac e Torres 4; Aloísio 2 e Rubens, Juths e César Veiga, cada um, assinalou 1 gol.
A equipe campeã, a primeira do interior do Estado era formada pelos seguintes jogadores: Bolívar, Aurélio, Juths, Pequeno, Juninho, Augusto, Isaac, César veiga, Nestor, César Frízio, Taíco, Ocimar, Nelson, Orlando, Aloísio, Torres, Rubens, Osvaldo, Lúcio e Amaro.
Vista aérea atual da zona urbana, rio Tibagi e a Fábrica de Papel
Outro nome importante na história recente do Brasil está ligado a Monte Alegre. É ele, Celso Lafer, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e ex-ministro das Relações Exteriores, em duas ocasiões, em 1992 e de 2001 a 2002, nos governos de Fernando Collor e no de Fernando Henrique Cardoso, além de embaixador do Brasil junto à OMC, embaixador do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU) de 1995 a 1998.

Celso, por esta época, gostava de ler e discutia com seus amigos de Monte Alegre sobre literatura, política e filosofia. Nos meses de dezembro costuma se divertir na barragem do Harmonia Clube. Celso ora se hospedava na casa da diretoria (quando vinha com seus pais), ora, na casa de João Teixeira de Mendonça.
Celso foi o representante da quarta geração dos clãs que mais frequentava Monte Alegre. Esteve presente na inauguração da máquina seis.
Atualmente, Celso Lafer é coordenador da área de Concentração de Direitos Humanos da Faculdade de Direito da USP, presidente do Conselho Deliberativo do Museu Lasar Segall e co-editor da revista Política Externa. Integra também o Conselho de Administração de Klabin e desde 2002 é membro da Corte Permanente de Arbitragem Internacional de Haia.
Meu avô

O engenheiro polaco Zigmunt Wielicka, o "gralha azul"
plantou 100 milhões de pés de araucária (pinheiro do Paraná) em Monte Alegre
Junto aos estrangeiros, muitos outros também com sobrenomes difíceis de pronunciar e escrever vieram em busca do paraíso verde do trabalho, como os brasileiros descendentes de polacos, ucranianos, alemães, italianos como Świeski, Tobich, Styber, Massoquete, Jantas, Roda, Gotardelo, além dos sobrenomes portugueses de Péricles Pacheco da Silva, João de Paula Pinto, Dimas Cardoso, Benedito Dutra, Euclides Marcola, Paulo Rios Fernandes, Joaquim Batista Ribeiro, David Natel, Alexandre Kassab, Lourival Elias, Francisco Tito Quadrado, Renê Pucci, Teodoro Castro Ribas, Jorge Mesquita de Oliveira, Adolfo Taques, Nemézio Boska, Aldo Sani e tantos outros (e até o assassino do meu pai... Nadal Banik, fugitivo que não foi encontrado, julgado, preso e nunca pagou por seu crime).

Meu avô, o polaco de Wojcieszków-Polônia,
Boleslaw Jarosinski,
entre colegas e caminhões do setor de transportes,
quando da construção da fábrica em 1941
Também meu bisavô polaco Piotr Jarosiński, de Dobre - Minsk Mazowiecki, meu avô polaco Bolesław Jarosiński, meu tio Frederico Blanc Mendes, meu avô mineiro Honorato Pereira da Silva e outros tios, tias e primas que fizeram a história de Monte Alegre do Tibagi, infelizmente denominada Telêmaco Borba, quando de sua emancipação política, em 1963, da bicentenária Tibagi.
O nome dado para o novo município foi uma imposição dos descendentes deste curitibano, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Tibagi, moradores de Tibagi e Curitiba, inclusive um ex-governador.
Cidade Nova
Horácio Klabin, comprou alqueires de terra na outra margem do rio Tibagi e criou a Companhia Territorial Vale do Tibagi com a intenção de transferir grande parte dos moradores de Harmonia e demais localidades da Fazenda Monte Alegre. Como não foi colocado nome, os compradores passaram a chamar o local de Cidade Nova, a espera de uma denominação definitiva, talvez como bairro de Monte Alegre.
O loteamento de Cidade Nova teve rápido e extraordinário desenvolvimento, crescendo social e economicamente dentro de reduzido espaço de tempo, até que em 25 de julho de 1960, através da Lei Estadual nº 4.245, em seu artigo 1°, item IV, sancionada pelo governador Moisés Lupion de Tróia, foi elevado à categoria de município, com a denominação de Monte Alegre, com território desmembrado do município de Tibagi.
No entanto, o município nem chegou a ser instalado, já que a Assembleia Legislativa do Paraná, pela Lei Estadual (subdivisão) nº 26, de 31 de dezembro de 1960, revogou o item IV, do artigo nº 1, da Lei nº 4.245, de 25 de julho de 1960 e, em consequência, foi extinto o município, voltando à condição de simples povoado, com território pertencente ao antigo município de Tibagi, e retomando sua antiga denominação de Cidade Nova.
Pela lei Estadual n° 4.445, de 16 de outubro de 1961, foi criado o Distrito Administrativo de Cidade Nova, no município de Tibagi. Em 5 de julho de 1963, através da Lei Estadual n° 4.738, sancionada pelo governador Ney Aminthas de Barros Braga, o distrito de Cidade Nova foi elevado à categoria de município emancipado.
Com território desmembrado do município de Tibagi, foi lhe imposta a denominação de Telêmaco Borba. Homenagem dada ao avô do então vice-governador do Estado, Guataçara Borba Carneiro, que assim o exigiu. Fosse dado o nome de Cidade Nova, ou Monte Alegre, ele não aceitaria.
O personagem Telêmaco Borba, nascido em Borda do Campo, Piraquara, foi prefeito por várias legislaturas do município de Tibagi (22 anos de mandatos) e exerceu ao mesmo tempo, o mandato de deputado estadual (a legislação da velha república permitia a concomitância de poderes e as reeleições "ad infinitum").
De concreto, percebe-se, Telêmaco Borba, que de concreto, o homenageado nada fez pela Fazenda Monte Alegre e, tampouco, pelo empreendimento dos Irmãos Klabin. Somente se tornou nome de município por uma querela familiar-política.
Telêmaco Augusto Morosines Borba, alguém que nada fez por Monte Alegre do Tibagi, por Harmonia, por Mandaçaia, por Barro Preto, por Mauá, por Lagoa, por Miranda, por Mirandinha, por Imbaú, por Mina de Carvão teve seu nome perpetuado numa criação que é toda dos Klabin e os estrangeiros e brasileiros de todos os rincões do mundo.
Um dos descendentes de Telêmaco Borba, o historiador castrense Oney Barbosa Borba conta em seu livro "Telêmaco Mandava Matar", que o seu ancestral famoso teria sido o mandante do assassinato do então prefeito de Tibagi, Coronel Espírito Santo. Os verdadeiros assassinos seriam seu filho Euzébio Borba e o negro Jocelim.
Na tentativa de encobrir o crime, muitas outras pessoas foram mortas, inclusive o neto do coronel de nome Aparício Borba que bebeu o café de uma xícara envenenada que estaria destinada ao escrivão José Rachael Pinto, um dos participantes do julgamento, que embora compadre de Telêmaco contava para todos que aquilo tudo tinha sido uma farsa para encobrir o mandante. Telêmaco que era, então, presidente da câmara de vereadores, com a morte do prefeito e seu adversário político, assumiu a prefeitura e sem oponentes ganhou as eleições seguintes.
A instalação oficial, deu-se em 21 de março de 1964, quando tomou posse o primeiro prefeito municipal eleito, Péricles Pacheco da Silva e seu vice João Vitor Mendes de Alcântara Fernandes, assim como a Câmara de Vereadores.
Mudar o nome do município?
Quando as famílias Klabin e Lafer comemoram 110 anos de fundação da empresa familiar nada mais justo seria que o município passasse finalmente a se chamar Monte Alegre do Tibagi, Monte Alegre do Paraná, Harmonia, Klabinlândia, Klabinburgo, Klabinia ou outra qualquer denominação que faça jus a história do lugar, ou aos que transformaram um sertão numa das maiores indústrias de papel e maior parque de reflorestamento particular do mundo.
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Entrada principal da cidade de Telêmaco Borba |
Como filho nascido nos fundos da fábrica, no sopé da antiga colina Mortandade e atual Harmonia, quando ainda era município de Tibagi, nada me faria mais feliz do que o enterro definitivo de Telêmaco Borba, na memória de infelizes idéias marcadas por imposições políticas de famílias de outras paragens, que tudo fizeram para tornar difícil o desenvolvimento da região.
Como também, que a lei inconsequente dos vereadores do município ao mudar o nome da praça Jiri Aron, na confluência das avenida Paraná e Samuel Klabin, para praça da Bíblia fosse revogada, não só porque é inconstitucional (lei Federal impede que se troque denominação de logradouros públicos que já possuam nomes de pessoas para outros quaisquer), mas porque fere a memória do judeu Aron, que durante a década de 1955 a 1966 foi responsável pelo período de maior rendimento econômico da IKPC, desde sua fundação.
Nova fábrica Puma
A família Klabin Lafer reunida na Harmonia, em Monte Alegre, para inauguração da nova fábrica na localidade da Campina dos Pupo, hoje, município de Ortigueira, a 18 km da Cidade Nova, portanto, mais próxima de Monte Alegre, pois está na outra margem do Rio Tibagi, do que da sede do município vizinho. No centro da foto, de cachecol e óculos está Celso Lafer, o rosto mais visível da família no Brasil atualmente.
* texto extraído em parte do livro "Monte Alegre cidade-papel" da jornalista Hellê Velloso Fernandes, publicado em 1974, em Curitiba. Fotos antigas cedidas por Lúcia Świeski, álbum de família Iarochinski
e acervo iconográfico "pioneiros" da USP.
É muito bom poder encontrar pessoas como vc q se preocupa cm a memória do passado!
ResponderExcluirÉ muita cultura, que bom saber da historia desta cidade, seu passado, e seu progresso hoje em tão pouco tempo após sua criação!!!
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